O Rio de Janeiro registrou a primeira vítima de febre oropouche do estado. Trata-se de um homem de 64 anos, morador de Cachoeiras de Macacu. Ele foi hospitalizado na Região Metropolitana em fevereiro e morreu quase um mês depois. A secretária de Estado de Saúde Claudia Mello afirmou que o avanço da doença tem sido monitorado.
A febre oropouche é transmitida principalmente por mosquitos, causada pelo vírus Orthobunyavirus oropoucheense (Orov). A transmissão é feita a partir da picada de um mosquito em uma pessoa ou animal infectado. O vírus permanece no sangue do ser vivo picado, ou seja, quando um mosquito pica outro saudável, transmite, o vírus.
Dados do Ministério da Saúde mostram que o Brasil registrou 5.102 casos da febre oropouche em diferentes regiões do país. No estado do Rio, em fevereiro, técnicos de Vigilância Epidemiológica, Atenção Primária à Saúde e do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde do estado fizeram uma visita técnica a Cachoeiras de Macacu para capacitar profissionais do município para alinhar e definir as estratégias de atuação na prevenção e no tratamento dos casos, já que o mosquito é mais comum em regiões de mata.
Os sintomas da febre do Oropouche, de acordo com o ministério da Saúde, são parecidos com os da dengue e incluem dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia. O quadro clínico agudo evolui com febre de início súbito, cefaleia (dor de cabeça), mialgia (dor muscular) e artralgia (dor articular). Outros sintomas como tontura, dor retro-ocular, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos também são relatados. Casos com acometimento do sistema nervoso central (como meningite asséptica e meningoencefalite), especialmente em pacientes imunocomprometidos, e com manifestações hemorrágicas (petéquias, epistaxe, gengivorragia) podem ocorrer.