A rede estadual de saúde realizou cerca de 250 mil Testes do Pezinho entre 2023 e 2024, de acordo com dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ). O exame está disponível em todos os municípios fluminenses e, desde agosto de 2023, é oferecido em formato ampliado, permitindo o rastreamento de 54 doenças raras.
A ampliação coloca a saúde do Rio de Janeiro como pioneira nacional na ampliação da triagem neonatal. Entre as enfermidades monitoradas estão hipotireoidismo congênito, anemia falciforme, fibrose cística, aminoacidopatias e outras condições genéticas graves.
O Teste do Pezinho é simples e rápido. O procedimento é feito através da coleta de gotas de sangue no calcanhar do bebê, entre o 3º e o 5º dia de vida, preferencialmente. O material coletado é enviado para análise laboratorial, com o resultado podendo ser ado on-line. Desde 2018, o Estado do Rio conta com serviço digital gratuito, oferecido pela Apae-Rio. A instituição é responsável por até 12 mil testes mensais no Estado.
A coordenadora de Saúde da Criança da SES-RJ, Roberta Serra, explica que o exame “permite a detecção precoce de doenças graves, possibilitando tratamento imediato, redução de mortes e sequelas”. Em caso de resultados que indiquem diagnósticos suspeitos, alertas são emitidos, via WhatsApp, para os centros de referência especializados.
O Teste do Pezinho é oferecido de forma universal e gratuita nas 1.074 unidades de coleta cadastradas. Entre elas estão maternidades, postos de saúde e unidades básicas. A capilaridade da rede de atendimento e a facilidade de o são destacadas por mães como Ana Karolina Ribeiro, segundo a qual fazer o exame dentro do hospital facilitou muito a sua vida e da recém-nascida Ana Laura.
Mãe da pequena Mariana Vitória, Mariana Esteves, destaca a importância da iniciativa: “É um diagnóstico fundamental para prevenir complicações futuras, inclusive deficiência intelectual.”
A ampliação do Teste do Pezinho é resultado de uma parceria entre o Governo do Estado e a Apae-Rio. O acordo foi celebrado em 2017 e desde então tem fortalecido o cuidado neonatal no Estado do Rio de Janeiro.