As ecobarreiras instaladas pelo Governo do Estado impediram o despejo de, aproximadamente, doze mil toneladas de resíduos nas águas da Baía de Guanabara. A Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (SEAS) e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) realizaram um estudo o qual verificou que, em média, foram retiradas mais de 7 mil toneladas anuais, o equivalente a cerca de 600 toneladas por mês ou 27,5 toneladas por dia das águas locais.
As ecobarreiras operam como um sistema de contenção que impede a agem de lixo sólido – arrastado por rios e canais – rumo aos corpos d’água maiores, como as baías, De março de 2023 a dezembro de 2024, foram instaladas 17 barreiras flutuantes em diversos corpos hídricos que deságuam na Baía de Guanabara. Os equipamentos retiraram 11.679 toneladas de resíduos sólidos das águas.
O governador Cláudio Castro (PL) destacou que, ao contrário do que muitos imaginavam, é possível atuar de forma eficiente para diminuir a sujeira na Baía de Guanabara.
“Durante muitos anos, falar em limpar a Baía de Guanabara soava como utopia para muita gente. Havia quem não acreditasse que fosse possível reverter décadas de abandono e poluição. Mas estamos mostrando que é, sim, possível transformar essa realidade com trabalho sério, investimento e compromisso ambiental. Impedir que quase 12 mil toneladas de lixo cheguem à baía é uma prova concreta de que estamos transformando a Baía”, disse Castro.
As ecobarreiras retiveram toneladas de resíduos, como plásticos, pneus, embalagens e outros materiais, reduzindo a contaminação da água, melhorando a qualidade ambiental e auxiliando na recuperação dos ecossistemas aquáticos.
Sobre a despoluição da Baía de Guanabara, o Secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi, disse: “Estamos realizando ações concretas para chegarmos a esse objetivo comum, que trará mais vida e recurso para o Estado do Rio de Janeiro”.
O levantamento da SEAS e do Inea apurou que apenas o Rio Iguaçu foi responsável por 5.311,06 toneladas, quase metade do total coletado. O corpo hídrico foi seguido pelo Rio Meriti, 2.569,01 toneladas; o Rio Estrela, 1.470,20 t; e o Canal do Cunha, com 1.458,21 toneladas, evidenciando os principais pontos críticos de acúmulo de lixo.
Também chamam atenção: Rio Irajá (462,90 t), Rio Imboassu (97,41 t) e o Rio Bomba (71,63 t). Nos canais Vila Maruí (2,75 t) e da Rua Darcy Vargas (0,27 t) a coleta foi menor. Quanto aos rios Sarapuí e Marimbondo, os dados não foram divulgados.