Polícia resgata 62 pacientes mantidos em cárcere privado em clínica de Itaguaí

Polícia Civil do Rio resgata 62 pacientes em cárcere privado na clínica Recomeçar, em Itaguaí. Onze pessoas foram presas por sequestro e associação criminosa.

ment
Receba notícias no WhatsApp e e-mail

Uma operação da Polícia Civil do Rio revelou um cenário de horror na comunidade terapêutica Recomeçar, em Itaguaí, na Região Metropolitana. Ao todo, 62 pacientes foram resgatados após serem mantidos em cárcere privado. A ação terminou com a prisão de 11 pessoas, entre es e monitores da clínica.

As investigações começaram em outubro do ano ado, depois da morte de Carlos Alberto da Silva de Oliveira, um dos internos. Ele chegou a ser levado a um hospital com pneumonia, mas o quadro levantou suspeitas dos agentes da delegacia de Itaguaí.

No decorrer da apuração, surgiram denúncias de uma série de abusos. Segundo os policiais, os pacientes viviam em condições insalubres e, se tentassem fugir, eram punidos com privações de comida, suspensão de visitas e até agressões físicas. “Era um verdadeiro cárcere pago pelos próprios familiares”, descreveu um dos investigadores, que participou da operação.

Durante o cumprimento do mandado de busca, os agentes flagraram dois es e nove monitores mantendo os internos presos. A ação contou com apoio da Promotoria de Justiça de Itaguaí.

Os detidos foram levados para a delegacia e vão responder pelos crimes de sequestro, cárcere privado e associação criminosa.

Apesar das denúncias, no site oficial, a clínica se apresenta como uma instituição voltada para “atividades de assistência psicossocial e à saúde de portadores de distúrbios psíquicos, deficiência mental e dependência química”. A página ainda promete “serviços de qualidade, comprometidos em atender às necessidades de seus clientes com eficiência”.

ment
Receba notícias no WhatsApp e e-mail

Comente

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui