Maradona e sua relação com o Rio de Janeiro

Falecido nesta quarta (25/11), Diego Armando Maradona já esteve algumas vezes no Rio, inclusive curtindo o Carnaval carioca

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Maradona demonstrando sua habilidade com um copo de cerveja no Carnaval de 2006 - Foto: Berg Silva

Falecido nesta quarta-feira (25/11) após uma parada cardiorrespiratória, Diego Armando Maradona deixa uma legião de fãs em todo o mundo. Considerado o 2º maior jogador da história do futebol, perdendo apenas para Pelé, o eterno camisa 10 da seleção argentina, justamente por ser a maior rival do Brasil, sempre teve uma relação íntima com o nosso país.

E especificamente falando sobre o Rio de Janeiro, tema central da linha editorial do DIÁRIO DO RIO, Maradona teve alguns casos curiosos em suas visitas à Cidade Maravilhosa. Confira.

Futevôlei na Praia de Copacabana

Maradona jogando futevôlei na Praia de Copacabana – Foto: Joaquim Nabuco/Agência O Globo

Em 12 de julho de 1985, uma sexta-feira, Maradona esteve no Rio para participar de um jogo festivo em comemoração ao retorno de Zico ao Flamengo. No dia seguinte, aproveitando sua folga e a estadia por aqui, foi convidado para uma partida de futevôlei na Praia de Copacabana, perto do hotel onde estava hospedado. Junto a ele, estavam outros futebolistas famosos, como Júnior, Jairzinho e Edinho. A situação, é claro, ”parou” o local, atraindo inúmeros curiosos, que acompanharam Diego Armando até em sua ida ao mar.

Caneta de Romário e quase gol do meio de campo no Maracanã

Romário e Maradona em Brasil x Argentina no Maracanã – Foto: Ari Lago/Placar

Quatro anos depois, isto é, em 1989, ele retornou ao Brasil para a Copa América, que teve sua fase final disputada exclusivamente no Rio de Janeiro, no Estádio do Maracanã. Com a Argentina ficando em 3º lugar no torneio, a participação dos hermanos e mais especificamente falando de Maradona foi marcada por duas situações.

A primeira, no dia 12/07, quando o ex-camisa 10 foi ”contemplado” com uma caneta de Romário na vitória por 2 a 0 do Brasil diante da seleção argentina. O lance se tornou inesquecível e até hoje é lembrado.

Já a segunda, em partida contra o Uruguai no dia 14/07, quando quase marcou um gol antológico do meio de campo, com o chute carimbando o travessão do goleiro Adolfo Zeoli, que já estava batido na jogada. O lance, é claro, foi comparado ao de Pelé na Copa do Mundo de 1970, no México.

Jogo das Estrelas em rua ”pacata” do Recreio dos Bandeirantes

Maradona sendo escoltado na chegada ao CFZ para o Jogo das Estrelas, em 2005 – Foto: Reprodução/Gazeta Press

Voltando à amizade com Zico, citada anteriormente, Maradona foi convidado pelo Galinho de Quintino a participar, em dezembro de 2005, do famoso Jogo das Estrelas, que acontece anualmente no Maracanã. À época, no entanto, a confraternização, que reúne diversos nomes famosos do futebol, acontecia no CFZ, clube de futebol pertencente ao maior ídolo da história do Flamengo, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste da cidade.

A presença do maior jogador argentino de todos os tempos na rua que abriga o clube, à época não tão movimentada quanto hoje, mudou a rotina da região por algumas horas. O assistente de RH Diego Taveira, de 28 anos, que mora a menos de 10 minutos a pé do CFZ, diz se lembrar da ocasião como se fosse ontem.

”Eu lembro bem que a rua estava muito engarrafada. Havia um suspense quanto à presença ou não do Maradona. A gente esperava que ele realmente fosse jogar, mas não havia certeza absoluta. Aí, faltando pouco tempo para a partida começar, quando a gente já nem acreditava mais que ele apareceria, percebemos um alvoroço, e era ele chegando”, diz Diego.

E ele complementa sobre a atuação de Maradona na partida: ”Ele não errava es. Impressionante a qualidade. Vou poder dizer que vi o Maradona jogar, e na minha rua ainda por cima.”

Paixão pelo Carnaval carioca

Maradona e Edmundo no Carnaval do Rio em 1998 – Foto: Associated Press

Apesar de ter sido um jogador com todos os atributos tipicamente argentinos, isto é, habilidoso, raçudo e malandro, Maradona, ao menos musicalmente falando, tinha alma brasileira. Mais precisamente, carioca. Grande amante do samba e da boemia, Dieguito, como era carinhosamente chamado, já esteve por duas vezes no Carnaval do Rio de Janeiro acompanhando os desfiles na Marquês de Sapucaí.

A primeira, em 1998, encontrou por lá nomes futebolísticos também amantes da folia, como Romário e Edmundo, e a sambista Beth Carvalho; na segunda, em 2006, curtiu o camarote da Brahma e conversou com famosos como Marília Gabriela e Reynaldo Gianecchini.

O Rio de Janeiro certamente agradece suas visitas, Maradona! Descanse em paz!

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