Derrota de Paes escancara bastidores e manobra por milícia temporária

Câmara do Rio retira de pauta o projeto de Eduardo Paes que criaria força armada temporária. Emenda reveladora expõe vereadores que dizem defender a Guarda, mas articulam nos bastidores.

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Viaturas da Guarda Municipal do Rio de Janeiro
Foto: Fernuu

A Câmara Municipal do Rio de Janeiro impôs uma importante derrota ao prefeito Eduardo Paes ao retirar da pauta, no dia 22 de maio, o projeto que tenta criar uma força armada paralela composta por contratados temporários, sem concurso. Neste artigo, explico os perigos do PLC, revelo os bastidores da votação e faço um alerta quanto aos que fingem defender a Guarda Municipal, enquanto trabalham para acelerar a aprovação do projeto.

A derrota inesperada e a reação desesperada

O dia 22 de maio de 2025 ficará marcado como o dia em que a poderosa máquina política do prefeito Eduardo Paes sofreu uma derrota surpreendente — e profundamente simbólica — na Câmara Municipal do Rio de Janeiro (CMRJ).

A votação do polêmico Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 13, de 2025, que tenta criar uma Força de Segurança Armada composta por agentes temporários armados, contratados sem concurso público, foi retirada da ordem do dia de votação da CMRJ, após a apresentação de uma emenda inesperada de plenário assinada por 17 vereadores, o número mínimo necessário para sua apresentação. A emenda teve força suficiente para impedir que o prefeito, como era seu plano, aprovasse o projeto a toque de caixa, já em primeira discussão.

A reação do prefeito foi imediata: correu às redes sociais, em tom choroso e provocador, tentando convencer a população de que a emenda era contra o armamento da Guarda Municipal. Mas isso é falso.

Veja abaixo o que ele postou nas suas redes:

“Bancada Castro/Bacellar (União e PL) se une a PT e PSOL, que se unem ao NOVO, contra armamento da Guarda. Vai entender…. Não atrapalha em nada porque a nossa maioria é ampla. Só adia um pouco. Mas que é engraçado, isso é!”

A verdade é que a emenda ao PLC não impede o uso de armas de fogo por integrantes da Guarda Municipal, como insinua o senhor prefeito. O que o PLC propõe — e o que a emenda apresentada pelos vereadores tenta barrar — é algo grave: a formação de uma força paralela armada, composta por contratados temporários, subordinada diretamente ao chefe do Poder Executivo.

A emenda criticada pelo prefeito permite sim o armamento dos guardas municipais. Basta a ler para ver isso.

Além disso, o projeto também pretende mudar inconstitucionalmente o nome da Guarda Municipal para “Força de Segurança Municipal”, em afronta ao ordenamento jurídico vigente.

Durante a sessão e a audiência pública ocorrida no mesmo dia, e em outros momentos, houve discursos inflamados em defesa da Guarda. Alguns vereadores e algumas vereadoras subiram à tribuna ou palanques para declarar amor à categoria, prometer respeito, afirmar compromisso. Mas é preciso ter muito cuidado: são alguns desses mesmos vereadores que, nos bastidores, podem pareceres conjuntos que aceleram a tramitação da matéria.

É o que chamo de vereadores e vereadoras duas-caras. Como o personagem dos quadrinhos do Batman, mostram um lado em público — o da defesa da Guarda Municipal — e revelam outro no privado: o da submissão silenciosa ao prefeito e seus interesses eleitorais.

Aqueles que fazem discursos apaixonados dizendo ‘amar a Guarda Municipal’, ‘defender a categoria’ e ‘lutar pela valorização’ — como têm feito nas sessões e audiências públicas — podem, no silêncio dos bastidores, pareceres que traem tudo o que dizem em público.

Os guardas municipais podem descobrir facilmente quem são eles, pois aqueles discursos estão gravados em vídeos e nos corações e mentes dos guardas municipais e seus familiares.

Esses vereadores não agirão para proteger a população ou fortalecer a corporação, mas sim para atender aos desejos de um prefeito que sonha com uma milícia pessoal financiada com dinheiro público, sem concurso e armada até os dentes.

Aquela derrota momentânea do prefeito foi importante, mas não é definitiva. Paes já demonstrou que tem pressa — e sabe que conta com uma base ampla de vereadores governistas, muitos suplentes e partidos com assento no Executivo. Mas a apresentação da emenda freou esse ímpeto. Ao menos por enquanto.

Por isso, o alerta está dado: quem defende a Guarda Municipal, quem acredita na legalidade, na segurança pública de verdade — e não na propaganda TikTok de Eduardo Paes — precisa manter os olhos bem abertos e questionar diretamente a postura daqueles vereadores.

A armadilha do parecer conjunto e os sete caminhos da emenda

Com a apresentação da emenda que retirou o projeto da pauta no dia 22 de maio, o prefeito Eduardo Paes viu frustrada sua tentativa de aprovar o PLC às pressas. Mas isso não significa que o perigo ou.

O projeto ainda está vivo — e caminha agora pelos labirintos das comissões permanentes da Câmara Municipal.

A emenda foi distribuída para sete comissões permanentes, e cada uma delas tem o prazo de 14 dias corridos para emitir parecer.

Ou seja, se cada comissão utilizar seu prazo máximo de forma isolada, o processo poderá se estender por até 98 dias corridos (7 comissões x 14 dias), o que abriria espaço para debate, mais audiências públicas, mobilização social e análise séria do conteúdo do PLC.

Mas esse prazo só se mantém se as comissões não optarem por um parecer conjunto.

E aqui está o ponto crucial: o verdadeiro golpe contra a democracia e a categoria da Guarda Municipal pode vir disfarçado de “acordo técnico”. Um simples parecer conjunto assinado pela maioria dos membros de cada uma das 7 comissões já seria suficiente para encurtar brutalmente a tramitação, devolvendo o projeto à pauta da Ordem do Dia no dia seguinte.

Sendo que já se sabe que teremos na próxima segunda-feira, dia 26 de maio, uma reunião conjunta das sete comissões para a elaboração do parecer conjunto à emenda de forma a que o PLC sob análise possa ser votado em primeira discussão no dia seguinte, terça-feira, 27 de maio.

É fundamental que os guardas municipais, servidores públicos, cidadãos atentos e toda a sociedade civil organizada se mobilizem.

O trabalho de convencimento precisa ser feito agora — diretamente sobre os membros daquelas 7 comissões.

Mais adiante neste artigo, serão listados os nomes de todos os integrantes das sete comissões para as quais a emenda foi enviada, com os prazos regimentais de cada uma. É fundamental que cada nome seja conhecido, cada parlamentar seja contatado, cada em parecer conjunto seja evitada. O futuro da Guarda Municipal — e da segurança pública do Rio de Janeiro — depende disso.

Quem está com a caneta na mão: os vereadores das sete comissões

Com a emenda já protocolada e tramitando, é hora de saber exatamente quem são os vereadores que poderão acelerar ou travar a votação desse projeto.

Esses parlamentares têm hoje o poder de decidir se o projeto retornará à pauta na próxima semana ou se a sociedade carioca terá o tempo necessário para discutir, debater e rejeitar partes desse projeto autoritário, inconstitucional e eleitoral.

Aqui estão os nomes dos membros das sete comissões por onde a emenda irá ar:

  1. Comissão de Justiça e Redação
    Presidente: Átila Nunes (PSD)
    Vice-Presidente: Dr. Gilberto (Solidariedade)
    Vogal: Inaldo Silva (Republicanos)
  2. Comissão de istração e Assuntos Ligados ao Servidor Público
    Presidente: Junior da Lucinha (PSD)
    Vice-Presidente: Inaldo Silva (Republicanos)
    Vogal interino: Jorge Felippe (Progressistas)
  3. Comissão de Segurança Pública
    Presidente: Dr. Rogério Amorim (PL)
    Vice-Presidente: Felipe Boró (PSD)
    Vogal: Talita Galhardo (PSDB)
  4. Comissão de Defesa dos Direitos Humanos
    Presidente: Marcos Dias (Pode)
    Vice-Presidente: Rafael Satiê (PL)
    Vogal interino: Flávio Pato (PSD)
  5. Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática
    Presidente: Vitor Hugo (MDB)
    Vice-Presidente interino: Wagner Tavares (PSB)
    Vogal: Carlos Bolsonaro (PL)
  6. Comissão de Trabalho e Emprego
    Presidente: William Siri (PSOL)
    Vice-Presidente: Rick Azevedo (PSOL)
    Vogal: Rosa Fernandes (PSD)
  7. Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização Financeira
    Presidente: Rosa Fernandes (PSD)
    Vice-Presidente: Welington Dias (PDT)
    Vogal: Flávio Valle (PSD)

Todos os contatos desses vereadores — e também dos demais membros da Câmara Municipal do Rio de Janeiro — estão disponíveis no sítio abaixo. Lá, você poderá ar os telefones dos gabinetes, e-mails institucionais e endereços para o devido contato e para envio de correspondência:

https://www.camara.rio/vereadores/quem-sao

Os prazos das comissões e o tempo necessário para o debate público

A Emenda nº 1 foi distribuída para sete comissões permanentes da Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

Segundo o artigo 85, inciso III, do Regimento Interno da CMRJ, cada comissão tem o prazo de 14 dias corridos para emitir parecer. Esses prazos são sequenciais — e não simultâneos — caso não haja parecer conjunto, e são suspensos durante o recesso parlamentar.

Ou seja, se cada comissão utilizar seu prazo integral de forma isolada, o processo poderá se estender por até 98 dias corridos. E, à medida que cada parecer for sendo emitido, o prazo da comissão seguinte começa a ser contado. E os prazos seguintes são recalculados. Esse encadeamento permite que, mesmo sem parecer conjunto, o tempo total possa variar dependendo da atuação de cada comissão.

Isso significa que o controle dos prazos e a ação sobre cada comissão se tornam ainda mais relevantes para impedir o avanço do projeto.

Abaixo, segue a ordem de distribuição da emenda e os respectivos prazos de cada comissão:

  • Comissão de Justiça e Redação – de 26 de maio a 9 de junho de 2025
  • Comissão de istração e Assuntos Ligados ao Servidor Público – de 10 a 24 de junho de 2025
  • Comissão de Segurança Pública – de 25 de junho a 9 de julho de 2025
  • Comissão de Defesa dos Direitos Humanos – de 10 a 24 de julho de 2025
  • Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática – de 25 de julho a 8 de agosto de 2025
  • Comissão de Trabalho e Emprego – de 9 a 23 de agosto de 2025
  • Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização Financeira – de 24 de agosto a 7 de setembro de 2025

Se nenhuma comissão der parecer e todas esperarem o seu prazo final, algo improvável porque o prefeito domina a CMRJ, como ele petulosamente apregoa aos quatro ventos, como vimos no início deste artigo, o projeto só poderá voltar à Ordem do Dia no dia 7 de setembro de 2025. E ainda teremos o recesso de meio de ano. No recesso, o prazo é suspenso. Ou seja: será depois de setembro.

Mas isso é um ideal impossível, haja vista o poder do senhor prefeito.

Mesmo assim, qualquer postergação de prazo por uma ou mais comissões será muito bem-vinda, pois permitirá que a sociedade tenha mais tempo para discutir o projeto.

Por que o senhor prefeito Eduardo Paes falta com a verdade?

Para provar que o senhor prefeito Eduardo Paes falta com a verdade quando diz em suas redes sociais que os vereadores que apresentaram e apoiaram a emenda que tirou da Ordem do Dia o PLC que visa a criar a chamada Milícia do Dudu, estão querendo impedir o armamento da Guarda Municipal, veja abaixo a:

COMPARAÇÃO ENTRE A EMENDA Nº 1 E O PLC Nº 13/2025

1. Art. 1º – SUPRIMIDO PELA EMENDA

Texto do PLC nº 13/2025:

Art. 1º A Guarda Municipal do Rio de Janeiro – GM-RIO, criada pelo art. 2º da Lei Complementar nº 100, de 15 de outubro de 2009, a a ser denominada Força de Segurança Municipal do Rio de Janeiro – FSM-RIO, a partir da data de vigência desta Lei Complementar.

§ 1º As referências legislativas, regulamentares, contratuais e de quaisquer outras naturezas à GM-RIO am a ser aplicadas à FSM-RIO.

§ 2º A alteração referida no caput não modifica a natureza jurídica de guarda municipal da instituição, na forma do art. 144, § 8º, da Constituição Federal.

Resultado da Emenda:

O nome da Guarda Municipal não será alterado para FSM-RIO. Mantém-se a denominação original GM-RIO, como consta na LC nº 100/2009.

Essa mudança é inconstitucional como já alertei em artigo publicado neste Diário do Rio.

2. Art. 2º – MODIFICADO PELA EMENDA

Texto da Emenda:

Cria a Guarda Municipal Armada – GMA e a regulamenta.

Texto original do PLC nº 13/2025:

Cria a Força de Segurança Armada – FSA e a regulamenta.

Resultado da Emenda:

A Emenda não cria uma nova estrutura autônoma (como a FSA). Em vez disso, mantém a estrutura da Guarda Municipal e apenas cria uma unidade armada interna Guarda Municipal Armada (GMA), composta com guardas municipais concursados e capacitados para usar armas.

3. Art. 3º – MODIFICADO PELA EMENDA

Texto da Emenda:

Modifica o art. 15 da LC nº 135/2014, mantendo:

  • Gratificação por Atividade de Risco (GAR): 50% sobre o vencimento dos guardas municipais.
  • Gratificação por Uso de Arma de Fogo (GUAF): R$ 10.283,48, apenas enquanto o guarda estiver lotado na GMA.

Texto original do PLC nº 13/2025:

Aplica a mesma gratificação GAR, aos guardas, aos gestores de segurança pública da FSM e a outros servidores (que já a recebiam).

  • Gratificação por Uso de Arma de Fogo (GUAF): R$ 10.283,48, apenas enquanto o guarda estiver lotado na Força de Segurança Armada (FSA).

Resultado da Emenda:

A gratificação GAR continua para os guardas municipais somente.

Aqui, vale um alerta, que um competente colega guarda municipal me falou.

Há um equívoco na nova redação proposta para o art. 15 da Lei Complementar nº 135, de 2014, pela emenda, pois a gratificação de risco é paga há anos não só aos guardas municipais. Outros servidores da Autarquia também a recebem. São os citados no artigo 5º dessa LC. Vide abaixo:

“Art. 5º As carreiras do quadro em extinção de Agente de Transporte, Enfermeiro do Trabalho, Auxiliar de Enfermagem do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho e Técnico de Segurança do Trabalho, pertencentes ao Serviço Especializado de Segurança e Medicina do Trabalho – SESMT da GM-Rio, são definidas em Níveis de 1 a 6, evoluindo por tempo de efetivo serviço, na forma do Anexo II.”

A ideia da emenda era vedar essa gratificação para os cargos novos. Porém, não se atentaram que, da maneira que foi redigida a emenda, alguns funcionários, que já a recebem, am a não ter mais direito a ela.

Isso porque a emenda suprimiu o seguinte trecho “dos gestores de segurança pública municipal e dos cargos mencionados no art. 5º desta Lei Complementar;”, quando deveria ter suprimido somente a seguinte expressão “dos gestores de segurança pública municipal;”

Assim sendo, isso deveria ser corrigido por uma subemenda ou emenda posterior de Comissão ou não.

4. Art. 4º – SUPRIMIDO PELA EMENDA

Texto do PLC nº 13/2025:

Adiciona os seguintes anexos à LC nº 100/2009:

  • Anexo VI: Cria cargos comissionados na FSM-RIO e na FSA.
  • Anexo VII: Cria o cargo efetivo de Gestor de Segurança Pública Municipal (35 vagas).
  • Anexo VIII: Define a remuneração da função temporária da FSA.

Resultado da Emenda:

Nenhum desses cargos ou funções temporárias será criado. Toda essa estrutura é suprimida.

5. Art. 5º – SUPRIMIDO PELA EMENDA

Texto do PLC nº 13/2025:

Adiciona à LC nº 135/2014 o Anexo III, com:

Remuneração do novo cargo de Gestor de Segurança Pública Municipal:

  • Vencimento-base: R$ 12.956,72
  • Gratificação de risco: R$ 6.478,36
  • Total: R$ 19.435,08

Resultado da Emenda:

Esse novo cargo e sua remuneração deixam de existir.

Concluindo, podemos perceber que na emenda não há mais a criação de cargos novos nem contratação temporária e temos guardas municipais armados.

PORTANTO, NÃO HÁ NA EMENDA IMPEDIMENTO PARA O ARMAMENTO DA GUARDA MUNICIPAL.

Logo, o senhor prefeito está enganando a população, como faz amiúde, quando diz que a emenda proíbe armamento da Guarda Municipal.

Não nos engane, senhor prefeito, pois não gostamos. Temos neurônios e os usamos.

Segue abaixo o endereço do sítio para o texto completo do PLC nº 13, de 2025, e, em seguida, o endereço para o texto da Emenda nº 1, a fim de que o leitor possa confirmar diretamente a correção do resumo que fiz acima:

Texto integral do PLC nº 13/2025:
https://drive.google.com/file/d/1BliqmYiEmSqBSkqGb0_YORmh_nYsnFcF/view?usp=drivesdk

Texto integral da Emenda nº 1:
https://drive.google.com/file/d/1ax9r5vt9hv1AONo1fYwUQQXcnMxgJuGI/view?usp=drivesdk

Autores, apoiadores da emenda

A seguir, apresento os nomes dos autores e apoiadores da Emenda nº 1 que impediu, no dia 22 de maio de 2025, que o Projeto de Lei Complementar nº 13/2025 fosse votado às pressas. Esses 17 vereadores foram essenciais para garantir mais tempo para análise e debate. A eles, o reconhecimento público.

Autores da Emenda:

  1. Paulo Messina – PL
  2. Dr. Rogério Amorim – PL
  3. Carlos Bolsonaro – PL
  4. Diego Faro – PL
  5. Fernando Armelau – PL
  6. Rafael Satiê – PL
  7. Poubel – PL

Apoiadores da Emenda:

  1. Jorge Canella – União
  2. Leniel Borel – PP
  3. Leonel de Esquerda – PT
  4. Pedro Duarte – NOVO
  5. Rick Azevedo – PSOL
  6. Rodrigo Vizeu – MDB
  7. William Siri – PSOL
  8. Maíra do MST – PT
  9. Monica Benicio – PSOL
  10. Thais Ferreira – PSOL

Para entender os problemas envolvidos nesse PLC, recomendo a leitura dos artigos abaixo:

É essencial que guardas municipais, lideranças comunitárias, movimentos sociais e cidadãos conscientes entrem em contato com esses parlamentares e peçam que eles não assinem parecer conjunto.

Se os membros dessas comissões resistirem ao assédio da máquina governista, será possível postergar a votação do PLC, abrindo espaço para a sociedade debater melhor um projeto que, na prática, viola a Constituição, desmonta a Guarda Municipal e cria uma milícia de ocasião com fins eleitorais.

O momento é agora: dialogue com os vereadores e principalmente com seu vereador

Agora que você já leu a íntegra dos argumentos, análises e nomes envolvidos nessa batalha legislativa, é hora de agir.

Não basta apenas indignar-se nas redes sociais. É preciso dialogar, com educação e firmeza, com cada vereador que compõe as comissões responsáveis pela tramitação do PLC nº 13, de 2025.

Peça que não assinem parecer conjunto. Solicite que cada comissão use seu prazo máximo. Lembre-os de que segurança pública não se constrói com improviso, contratos precários e propaganda eleitoreira.

É o futuro da Guarda Municipal que está em jogo. É o direito à segurança constitucional, estável e legal que precisa ser defendido.

Que os vereadores se posicionem com clareza. Que não escondam suas s atrás de acordos de gabinete. Que tenham coragem de assumir — com discurso, com o voto e com a caneta — se estão com a Guarda ou com o Prefeito.

E que os guardas municipais, servidores e cidadãos estejam vigilantes, atentos e atuantes.

Porque a luta ainda não terminou.

Mobilize seus colegas. Mande mensagem para os vereadores. Ligue. Visite os gabinetes. Converse com sua associação ou sindicato. E acompanhe cada movimentação legislativa.

A cidade do Rio de Janeiro não precisa de uma força paralela armada. Precisa de uma Guarda Municipal forte, respeitada e legal.

A criação de uma nova força armada municipal com membros não concursados, a contratação temporária para funções de segurança pública e a tentativa de mudar o nome da Guarda Municipal são medidas inconstitucionais.

A tentativa de aprovar esse projeto a toque de caixa é autoritária. A mobilização é legítima. E a vitória, embora difícil, é possível.

Vamos à luta. O momento é agora.

ment
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17 COMENTÁRIOS

  1. Se eu entendi. O que esse prefeito pretendia com esse projeto apresentado foi que asse a proposta de força dentro da Guarda formada por temporários ao invés de haver a capacitação para o uso de arma por aqueles atuais integrantes concursadose da Guarda.

    Ou seja, o prefeito pretendia ar a boiada, fazendo algo que, antes, era originalmente sua intenção, que acabava com a competência da Guarda, limitando-a ao transporte, enquanto a maior parte das funções constitucionais aria a uma outra força de segurança municipal criada para segurança armada.
    Esse prefeito comete grave ato com isso, ardiloso…

  2. Bolsonaristas em peso votando contra a Milícia do Paes.

    Estão fazendo isso pra precificar a derrota política e em uma próxima rodada o $apoio$ ficar mais caro.

    No geral, esse projeto é uma redundância e acabaria com o propósito da GM. Não faz sentido. Pior ainda é entulhar milico nessa boquinha (mais uma).

    Sou contra.

  3. Ao mesmo tempo que defendem o caos da segurança com cada Estado agindo de forma independente, são hipócritas com a desculpa que a cidade não pode ter independência.
    Podemos chamar as polícias Estaduais de Milícia do Castro, Tarcísio,Zema,…?

    Novamente, como podem aceitar entregar armamento pesado para qualquer despreparado e criar todotipo de barreira para armar GUARDAS municipais?

    • Prezado Armando, ninguém está impedindo o armamento da guarda municipal. É.., você não leu o artigo direito. Sem problemas. Respeito sua opinião mesmo que ela não tenha nada a ver com o que eu escrevi. Tudo bem. Vamos em frente. Um abraço. Antônio Sá

      • Prezado Antônio, me parece que você leu e não soube interpretar meus comentários.

        No seu texto, claramente existe uma distorção dos fatos.
        Criar uma NOVA guarda armada não desvaloriza a Guarda Municipal atual. Ou será que vamos misturar exército, PRF, PF, PM, P.Civil,…? Cada um tem seu papel.

        Se são concursados,tem estabilidade.
        A propósito, tendo um treinamento adequado, não seria melhor para os tais neoliberais que a guarda não fosse concursada?
        Pura hipocrisia partidária que sempre busca a oposição pela oposição em nome do poder..

        • Leia meu artigo e o PLC proposto pelo Prefeito, Armando. Eu defendo guarda concursado armado. O Prefeito defende contratado temporário sem concurso para fazer serviço que deveria ser de guarda municipal CONCURSADO. Pena que você ainda não conseguiu perceber isso. Mas, tudo bem, grato pelo seu comentário. Um abraço. Antônio Sá

  4. Os mesmos que criam todo tipo de barreira e desculpa para não armar a guarda municipal são os que entregam armas para CAC e que diariamente são desviadas para milicianos?

    Querem armar a todos menos a polícia?

    O nobre jornalista deveria ter vergonha de defender e deturpar os fatos.

    • Respeito sua opinião, Armando, embora parece-me que você não leu meu artigo direito. Sem problemas. Vamos em frente. Grato pelo comentário. Um abraço. Antônio Sá

  5. Quem diria, a milícia do PL votando contra dar mais segurança para o cidadão carioca.

    A hipocrisia dos corruptos que querem armar despreparados e facilitar a entrega de armas legalizadas para milicianos e traficantes. Ao mesmo tempo, criam barreiras para armar a guarda municipal!

    Isso se chama Bolsonaris no.

  6. Parabéns Antônio de Sá por estar mostrando a verdade sobre esse tema tão importante para a população, coisa que muitos da imprensa apenas repete o que a prefeitura diz.

    • Sim, Leandro. Infelizmente, nossa mídia em vez de apurar os fatos, se limita a copiar e replicar as informações que recebe do governo. Assim sendo, eu não consigo ficar calado. Obrigado. Destaco que estou fazendo o meu dever de funcionário público mesmo aposentado. Um abraço. Antônio Sá

  7. A População do Município na verdade de todo o estado do Rio de Janeiro já que Eduardo Paes já se sente eleito ao Governo do Estado, precisam saber quem é na integra Eduardo Paes e a forma suja e descarada de como se trabalha… Mentindo e fazendo compras de votos, vetos… a seu favor. O tão conhecido como Nervosinho que não saindo as coisas do jeito que Almeja, ataca com calúnias e difamações ou ameaça a tirar as tão famosas secretárias usadas para calar a boca dos parlamentares da Câmara Municipal.

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