Crise do lixo em Queimados: população denuncia descaso e proliferação de doenças

Moradores de Queimados denunciam acúmulo de lixo nas ruas devido à paralisação da coleta, agravando riscos de dengue e doenças respiratórias na Baixada Fluminense.

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A coleta de lixo em Queimados, na Baixada Fluminense, enfrenta uma crise que tem gerado indignação e preocupação entre os moradores. Denúncias apontam para o acúmulo de resíduos por dias nas calçadas e vias públicas, cenário que tem levado muitos a recorrerem ao descarte em terrenos baldios, agravando ainda mais a proliferação de doenças como dengue, zika e chikungunya.

Os dados reforçam a gravidade do problema. Em 2024, o estado do Rio de Janeiro registrou 302.316 casos prováveis de dengue, com 232 mortes confirmadas. Em Queimados, o lixo acumulado tem potencializado a situação, contribuindo também para o aumento de doenças respiratórias. Segundo a Fiocruz, ambientes insalubres foram responsáveis por mais de 1,5 milhão de casos de infecções respiratórias no país.

A crise tem como principal causa a dívida da Prefeitura de Queimados com a empresa responsável pelo tratamento dos resíduos sólidos. A inadimplência, que já ultraa R$ 5 milhões, levou a Concessionária Centro Sul, gestora do Centro de Tratamento de Paracambi, a interromper a regularidade dos serviços. A empresa não recebe pagamentos há 20 meses, afetando não só Queimados, mas também os municípios de Paracambi, Japeri, Paulo de Frontin e Mendes.

Nos bastidores políticos, há rumores de que o prefeito Glauco Kaizer (Solidariedade) tenta viabilizar a saída da atual prestadora de serviços para instaurar um novo contrato emergencial. Enquanto o ime persiste, moradores continuam lidando com o acúmulo de lixo e as consequências para a saúde pública.

A situação tem sido vista por muitos como reflexo de uma gestão municipal que, segundo moradores, demonstra falta de compromisso com a saúde e a dignidade da população.

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