Andrea Nakane: A Voz de Todos os Santos

Colunista do DIÁRIO DO RIO fala sobre a cantora, compositora, escritora e intérprete Ana Egito

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Ana Maria Egypto Rosa, conhecida artisticamente como Ana Egito, é carioca, nascida e criada em Jacarepaguá, e depois de uma temporada morando fora da cidade, irá celebrar seu retorno fazendo o que mais gosta e que logo cedo percebeu que era seu dom: cantar.

Ana Egito é cantora, compositora, escritora e intérprete e agendou para o próximo dia 08 de outubro, sábado, às 17h, a estreia no teatro Artur da Távola – Rua Conde de Bonfim, 824 – Tijuca – do seu novo show, intitulado Brasil de Todos os Santos, com um repertório clássico da MPB, no qual a linha de convergência das canções é a religiosidade, tendo s de grandes nomes como Vinicius de Moraes, Chico Buarque, Edu Lobo, Baden Powell, Gilberto Gil, Dorival Caymmi, entre outros.

Para essa performance, Ana Egito, promete muita alegria, alto astral, mesclando sonoridade e teatralidade. Ela irá intercalar momentos de declamações entre algumas canções, reverenciando a poesia que dá uma roupagem especial e fomenta ainda mais ludicidade ao espetáculo, com direção musical e arranjos de César Machado, também presente na bateria, Marcos Amorim, no violão e guitarra, João Carlos Coutinho, no piano e Flávio Pereira, no contrabaixo.

“Eu amo a música popular brasileira e este leque de opções e caminhos possíveis que oferece a nós, artistas. Costumo dizer que o Brasil é o celeiro da música e este show confirma isso.” declara Ana Egito.

Ana Egito iniciou sua carreira, que já conta com mais de 3 décadas, sendo revelada por ninguém menos, que o saudoso Ivon Curi, que se tornou seu preparador, orientador e amigo, logo após assisti-la em uma apresentação de Karaokê. E justamente nessa época, no início da década de 80, ele a levou para se apresentar como caloura no programa de TV “Cassino do Chacrinha”. Naquele dia Ana Egito ganhou o prêmio principal e foi convidada para participar da “Caravana do Chacrinha”, consagrando-se em todo o país.

Foi justamente sob a batuta do Mestre Ivon Curi, que Ana Egito desenvolveu seu estilo, segundo a mesma, tardiamente, pois teve dificuldades de assumir essa sua veia artística, que já pulsava desde muito pequena, com quatro anos, quando ouvia Rita Lee e morava num sobrado de frente pra rua principal, onde o trânsito era intenso nos fins de semana, retratando o ir e vir da praia da Barra da Tijuca, e lá, na sacada de sua casa fazia seu palco, usava o cabo da enceradeira como microfone, tendo toda aquela gente no trânsito, como público, fato que lhe estimulava a soltar sua voz, sem a menor inibição.

E agora as vésperas da sua estréia, a ansiedade é elevada, já que Ana Egito sempre pensa na responsabilidade de mostrar o tamanho e a riqueza da nossa cultura musical, as músicas atemporais que retratam nossa sociedade como um todo, o legado, e nesse show, a concepção e entrega foi completa, já que além de sua voz e sensibilidade no canto, ela  também, demonstra seu lado escritora, deixando explícito que são muitas formas da Arte que unidas acabam por gerar ainda mais impacto no público, sobretudo o do carioca, tão exigente e tão apaixonado pela cultura.

“O Rio de Janeiro foi capital federal, antiga Guanabara, sua geografia exuberante abriu as portas para a criação, pra Arte, inspirou grandes compositores, arquitetos, pintores, elencou o Brasil como o maior celeiro musical do planeta, apresentou o samba ao mundo, inspirou Jazzistas internacionais com a Bossa Nova, palco de grandes festivais que atraíram artistas de todos os lugares, o Rio sempre foi um charmoso anfitrião da Arte, penso muito em como podemos resgatar esse status que a Cidade Maravilhosa tanto merece.” expõe Ana Egito.

Para conhecer melhor o trabalho da Ana Egito e ficar atualizado com a agenda de shows o canal mais indicado é o seu instagram @anaegitooficial

A cultura é preciosidade necessária para todos e prestigiar a classe artística é sinalizar para que a mesma mantenha-se sempre viva entre nós, para nós. Que a cultura seja nossa voz ativa, responsiva, sem repressões e/ou qualquer preconceito.

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